O Brasil é um dos países que mais reciclam garrafas PET (ou politereftalato de etila) do mundo. Mais da metade das 200 mil toneladas de PET produzidas no país transformam-se em fibras que são usadas em roupas, utensílios domésticos, bancos para ônibus, enchimento de travesseiros, bichinhos de pelúcia, tecidos, couro sintético, carpete para carros e muitos outros produtos. O mercado têxtil absorve cerca de 40% desse material.
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A cadeia de reciclagem das garrafas PET envolve, basicamente, três setores. Os catadores, que se agrupam em cooperativas, para catar, separar por cores, prensar e vender as garrafas, que custam de R$ 0,85 a R$ 0,95, o quilograma. Depois há as empresas que lavam e trituram as garrafas em pequenos pedaços. Esse material vale de R$ 1,50 a R$ 2,50, o quilograma. E as indústrias de transformação, que derretem, colorem e transformam os pequenos pedaços das garrafas em fios, que custam de R$ 3,40 a R$ 4,50, o quilograma. Cerca de 20% da produção desses fios vão para o acabamento de veículos.
Como o PET possui propriedades termoplásticas, podendo ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação, o uso desse material para a fabricação de carpetes para automóveis diminui bastante as perdas de matéria-prima durante o processo produtivo. Em um carro médio são usados cerca de 3 kg de fibras recicladas, que equivale a cerca de 60 garrafas.
Devido a versatilidade do uso de garrafas PET recicladas nos acabamentos dos automóveis, as montadoras poderiam usar este produto em outras partes dos veículos, contribuindo para a redução do volume de lixo nos aterros sanitários e para a geração de emprego e renda.
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