quinta-feira, 20 de março de 2008

Efeitos do aquecimento no planeta

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Ronilson José da Paz, biólogo e analista ambiental do Ibama/PB

Lançamento excessivo de gases de efeito estufa causa mutações no clima, deixando o mundo inteiro preocupado com suas conseqüências. Este é o assunto tratado analista ambiental Ronilson José da Paz, em entrevita à repórter Teresa Duarte.

Ronilson José da Paz é natural de João Pessoa-PB. Biólogo Mestre, Bacharelado e Licenciado em Biologia pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB, é funcionário público federal lotado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente na Paraíba - Ibama/PB, na função de Analista Ambiental e atualmente responde pela coordenadoria de Fauna e Pesca no Estado da Paraíba.

`La Niña´ tem contribuído para aumento do problema

O aquecimento da temperatura que vem se registrando nos últimos dias, está ligado ao efeito La Niña. Segundo informações do analista ambiental, Ronilson José da Paz, o termo La Niña, que significa "a menina", em espanhol, surgiu por ser este o fenômeno oposto ao conhecido fenômeno El Niño.

Esse efeito também pode ser chamado de episódio frio, ou ainda El Viejo ("o velho", em espanhol). Algumas pessoas chamam o La Niña de anti-El Niño

O La Niña ocorre da seguinte maneira: com os ventos alísios mais intensos, mais águas irão ficar "represadas" no Pacífico Equatorial Oeste e o desnível entre o Pacífico Ocidental e Oriental irá aumentar. Com os ventos mais intensos a ressurgência também irá aumentar no Pacífico Equatorial Oriental, e portanto virão mais nutrientes das profundezas para a superfície do Oceano, ou seja, aumenta a chamada ressurgência no lado Leste do Pacífico Equatorial.

"Por outro lado, devido a maior intensidade dos ventos alísios as águas mais quentes irão ficar represadas mais a Oeste do que o normal e portanto novamente teríamos aquela velha história: águas mais quentes geram evaporação e conseqüentemente movimentos ascendentes, que por sua vez geram nuvens de chuva e a célula de Walker, que em anos de La Niña fica mais alongada que o normal", explica o analista ambiental.

Confira a entrevista:

O calor tem incomodando muito a população em diversos municípios paraibanos. A que se atribui esse aquecimento na temperatura?

Eu acredito que isso seja uma conseqüência da grande quantidade de liberação do gás carbônico na atmosfera, advinda da queima, principalmente do combustível. Além disso, a queima de carvão, petróleo e gás natural pela indústria e sistemas de transporte, também são responsáveis por conta da grande emissão de gás carbônico.

O que tem haver essa liberação do gás com o aquecimento do clima?

As mudanças climáticas podem ser caracterizadas pelo aquecimento global que se verifica na terra, e ocorre devido ao aumento indiscriminado das emissões de gases causadores de efeito estufa. Esse fenômeno natural gerado por gases causadores de efeito estufa - GEE -, os quais absorvem luz infravermelha térmica que deveria ser direcionada ao espaço, aquecendo a atmosfera e garantindo a vida no planeta. O Efeito Estufa Intensificado, contudo, causado pelo aumento das concentrações de GEE altera as condições de temperatura naturais, sendo prejudicial a fauna e a flora terrestre.

Quais as conseqüências do efeito estufa ao planeta?

O efeito estufa tem colaborado com o aumento da temperatura no globo terrestre nas últimas décadas. Pesquisas recentes indicaram que o século XX foi o mais quente dos últimos 500 anos. Pesquisadores do clima afirmam que, num futuro próximo, o aumento da temperatura provocado pelo efeito estufa poderá ocasionar o derretimento das calotas polares e o aumento do nível dos mares. Como conseqüência, muitas cidades litorâneas poderão desaparecer do mapa.

Quais as principais causas do efeito estufa?

Queima de carvão, petróleo e gás natural pela indústria e sistemas de transporte, que causam grande emissão de gás carbônico.

Em que consiste o feito estufa?

O efeito estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a terra, parte dos raios luminosos oriundos do sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a terra, em conseqüência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.

O que deve ser feito para se evitar esse efeito estufa no planeta?

No caso de não se tomarem medidas drásticas, de forma a controlar a emissão de gases de efeito estufa é quase certo que teremos que enfrentar um aumento da temperatura global que continuará indefinidamente, e cujos efeitos serão piores do que quaisquer efeitos provocados por flutuações naturais, o que quer dizer que iremos provavelmente assistir as maiores catástrofes naturais (agora causadas indiretamente pelo homem) alguma vez registradas no planeta. Para evitar esse efeito estufa foi criado o Protocolo de Kyoto.

Em que consiste o Protocolo de Kyoto?

O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional para reduzir as emissões de gases-estufa dos países industrializados e para garantir um modelo de desenvolvimento limpo aos países em desenvolvimento. O documento prevê que, entre 2008 e 2012, os países desenvolvidos reduzam suas emissões em 5,2% em relação aos níveis medidos em 1990.

Onde e quando esse protocolo foi elaborado?

O tratado foi estabelecido em 1997 em Kyoto, Japão, e assinado por 84 países. Destes, cerca de 30 já o transformaram em lei. O pacto entrará em vigor depois que isso acontecer em pelo menos 55 países. O acordo impõe níveis diferenciados de reduções para 38 dos países considerados os principais emissores de dióxido de carbono e de outros cinco gases-estufa. Para os países da União Européia, foi estabelecida a redução de 8% com relação às emissões de gases em 1990. Para os Estados Unidos, a diminuição prevista foi de 7% e, para o Japão, de 6%. Para a China e os países em desenvolvimento, como o Brasil, Índia e México, ainda não foram estabelecidos níveis de redução. Os Estados Unidos, o país que mais emite gases estufa, se retiraram do acordo em março de 2001.

Fonte: A União - Teresa Duarte
08.03.2008



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Super Trunfo de árvores brasileira

O Engenheiro Florestal Jeison Alflen, Analista Ambiental do Ibama em Ji-Paraná-RO, projetou um tipo de Super Trunfo contendo árvores brasileiras, contribuindo para que as crianças, e quem mais se interessar pelo jogo, divirtam-se, enquanto aprendem sobre a riquíssima flora nacional.

O baralho conta com 32 cartas personalizadas, cada qual com 8 informações sobre diversas espécies arbóreas brasileiras, sendo 4 itens de confrontamento: Altura, Diâmetro, Densidade da Madeira e Tempo de Germinação das Sementes.

Para a escolha das espécies o Analista Ambiental procurou incluir as árvores mais conhecidas, as que são símbolos de Estados e regiões, bem como aquelas mais importantes para a biodiversidade e para a economia. Nas cartas há também informações sobre a Família, Nome Popular e Nome Científico, além da Ocorrência da espécie no Território Nacional.

As informações contidas nas cartas são tão úteis, que estão sendo utilizadas em aulas de Educação Ambiental.

Os intressados pelo jogo podem acessar o blog de Jeison Alflen, baixar o baralho, imprimir, recortar as cartas e jogar segundo as regras do Super Trunfo original.

Mais informações: Progresso Verde

sábado, 8 de março de 2008

IBAMA realiza consulta pública para a escolha da fauna silvestre que poderão ser criadas e comercializadas com a finalidade de animal de estimação

Atendendo ao que determina a Resolução Conama nº 394/2007, o IBAMA está realizando consulta pública para compor lista das espécies da fauna silvestre que serão permitidas para a criação e comercialização.

Os interessado terão até o dia 6 de abril de 2008 para encaminhar suas contribuições, que devem ser enviadas para o e-mail:fauna.sede@ibama.gov.br, acompanhando as espécies a serem incluídas ou excluídas na lista, devidamente justificadas, com base nos critérios estabelecidos pela Resolução Conama nº 394/2007. Somente serão analisadas as contribuições que estejam dentro dos critérios estabelecidos.

Ao término deste prazo, o IBAMA fará a análise de todo o conteúdo, objetivando editar uma lista que atenda aos anseios da sociedade brasileira.

A lista prévia do IBAMA consta das seguintes espécies:

Classe Aves

1.1 – Família Cardinalidae

Nome cientifico

Nome comum

Cyanocompsa brissonii

Azulão verdadeiro

Cyanocompsa cyanoides

Azulão da Amazônia

Saltator maximus

Tempera – viola

Saltator similis

Trinca-ferro verdadeiro

1.2 - Família Fringillidae

Carduelis magellanica

Pintassilgo

1.3 - Família Icteridae

Gnorimopsar chopi

Graúna

1.4 - Família Psittacidae

Amazona aestiva

Papagaio verdadeiro

Amazona amazonica

Papagaio do mangue

Ara ararauna

Arara canindé

Ara macao

Arara canga

Ara chloropera

Arara vermelha grande

Ara severa

Maracanã - guaçu

Aratinga aurea

Jandaia - estrela

Aratinga auricapilla

Jandaia

Aratinga cactorum

Periquito da caatinga

Aratinga jandaya

Jandaia verdadeira

Aratinga leucophthalma

Periquitão - maracanã

Aratinga solstitialis

Jandaia

Aratinga weddellii

Jandaia de cabeça azulada

Brotogeris versicolurus

Periquito de asas amarelas

Brotogeris chiriri

Periquito de encontro amarelo

Brotogeris cyanoptera

Periquito-de-asa-azul

Brotogeris chrysopterus

Periquito de asas douradas

Brotogeris sanctihomae

Periquito estrela

Deroptyus accipitrinus

Anacã

Diopsittaca nobilis

Maracanã-pequena

Forpus passerinus

Tuim-santo

Guarouba guarouba

Ararajuba

Graydidascalus brachyurus

Curica - verde

Myiopsitta monachus

Caturrita

Nandayus nenday

Jandaia de cabeça negra

Orthopsittaca manilata

Ararinha do buriti

Pionites leucogaster

Marianinha-de-cabeça-amarela

Pionites melanocephala

Periquito de cabeça preta

Pionus menstruus

Maitaca

Pionus maximiliani

Maitaca – verde

Pionus fuscus

Maitaca - roxa

Propyrrhura auricollis

Maracanã-de-colar

Propyrrhura maracana

Maracanã

Propyrrhura couloni

Maracanã-de-cabeça-azul

Triclaria malachitacea

Araçuaiava

1.5 - Família Ramphastidae

Ramphastos toco

Tucano

1.6 -Família Turdidae

Turdus rufiventris

Sabiá-laranjeira

1.7 - Família Emberezidae

Paroaria coronata

Canário-da-terra

Sporophila flaveola

Curió

Sporophila angolensis

Papa-capim

Sporophila caerulescens

Bigodinho

Sporophila lineola

Bicudo

Sporophila maximiliani

Baiano

Sporophila nigricollis

Cardeal

Zonotrichia capensis

Tico-tico

2 – Classe Répteis

2.1 - Família Iguanidae

Iguana iguana

Iguana

2.2 - Família Polychrotidae

Polychrus acutirostris

Lagarto-preguiça

Polychrus marmoratus

Papa-vento


A Resolução Conama nº 394/2007 pode ser obtida no website do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama.