Pau-brasil em bosque na Mata do Buraquinho, resquício de Mata Atlântica, no centro de João Pessoa-PB. |
O pau-brasil é uma leguminosa, da família Caesalpinaceae, da espécie Caesalpinia echinata Lam., que também apresenta os nomes populares de ibirapitanga, arabutã, brasilete, pau rosado, pau vermelho, pau de pernambuco, árvore do brasil, ibiripitinga, sapão, imirá piranga, muirapiranga, orabutã, pau pernambuco, ocorrendo na Mata Atlântica Costeira (floresta estacional semidecídual e floresta ombrófila densa), nos Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe. Os índios chamam o pau-brasil de ibira pitanga, que em tupi significa madeira vermelha.
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Esta árvore apresenta o cerne de coloração avermelhada, por isto o corte do pau-brasil para a obtenção de sua madeira e sua resina (extraída para uso como tintura em manufaturas de tecidos de alto luxo) foi a primeira atividade econômica dos colonos portugueses na recém-descoberta Terra de Santa Cruz, no século XVI e que a abundância desta árvore no meio a imensidão das florestas inexploráveis teria conferido à colônia o nome de Brasil.
De fato, entre os séculos XVI e XVIII oficialmente foram cortadas no Brasil quase 500 mil árvores, com 15 metros de altura. Dentre os europeus envolvidos com o comércio do pau-brasil, os holandeses foram os que mais se destacaram nessa atividade, tanto pela extração de corantes, como pela utilização deles nas fábricas. Atualmente, o pau-brasil é muito utilizado na fabricação de arcos de violinos.
A instalação das usinas de cana-de-açúcar e do café, além do crescimento populacional, no Brasil Colonial, bem como do desmatamento de grandes extenções de Mata Atlântica na faixa litorânea para a colonização , que diminuiu as áreas de ocorrência da espécie, quase levaram à extinção esta espécie. Por isto, hoje o pau-brasil encontra-se na lista da IUCN na categoria em perigo, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) de espécies ameaçadas de extinção na categoria vulnerável, por isto sendo considerado por este órgão árvore imune de corte.
O tronco do pau-brasil é coberto por acúle |
O plantio deve ser misto, associado com espécies oportunistas e tolerantes, ou em faixas abertas em vegetação secundária (e plantada em linha). Não se recomenda, portanto, o plantio puro a pleno sol. É uma planta que possui crescimento muito lento, não ultrapassando cerca de 2,5 m de altura aos 2 anos de idade.
A Lei nº 6.607, de 7 de dezembro de 1978, declarou o pau-brasil como árvore nacional e instituíu o Dia do Pau-Brasil, bem como determinou ao Ministério da Agricultura a implantação, em todo o território nacional, de viveiros de mudas de desta árvore, visando à sua conservação e distribuição para finalidades cívicas.
Na Paraíba, o Decreto nº 22.881, de 25 de março de 2002, cria a Estação Ecológica do Pau-Brasil, situada no Município de Mamanguape, considerando a existência de um importante remanescente de Mata Atlântica, onde o pau-brasil é a espécie predominante.
Em João Pessoa, na Capital da Paraíba, na Mata do Buraquinho, há um pequeno bosque onde podem ser encontradas várias árvores de pau-brasil. Assim, com pequenas iniciativas conseguiu-se manter um número de árvores que ajudarão na recuperação desta espécie que deu nome à nossa Nação, época em que todo o dia era dia do pau-brasil e hoje ele só tem o dia 3 de maio, parafraseado aquela música de Jorge Ben Jor.
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