Tudo começou com o artigo publicado por Frederick B. Cohen, em 1984, que descrevia como funcionava um programa que parasitava programas e controlava as operações do computador.
Com as orientações dadas por Fred Cohen, os irmãos Basit e Amjad Farooq Alvi criaram o Brain, em 1986, para infectar máquinas que tivessem versões piratas de seu software. O programa mostrava uma mensagem que orientava o infectado a procurar os irmãos Alvi para destravar a máquina:
Welcome to the Dungeon © 1986 Basit * Amjad (pvt) Ltd. BRAIN COMPUTER SERVICES 730 NIZAM BLOCK ALLAMA IQBAL TOWN LAHORE-PAKISTAN PHONE: 430791,443248,280530. Beware of this VIRUS.... Contact us for vaccination...
Com propósito extremamente nobre, que seria o de evitar a distribuição pirata de seu programa, os irmãos esqueceram que ao infectar um computador com o MS-DOS, poderiam passar o vírus para outros computadores, através de disquetes infectados, que sequer usam o programa pirata.
Embora o vírus Brain fosse inofensivo, porque apenas se espalhava para outros sistemas, sem causar danos significativos aos computadores, a empresa foi alvo de ações judiciais e foi fechada.
O vírus Brain é conhecido também como: Lahore, Brain-a, Pakistani, Pakistani Brain, e UIU.
Pronto, foi o início. A partir daí os usuários de programas de computador jamais tiveram sucesso. Logo os programadores criaram versões mais hostis de vírus, os chamados "vírus de boot", que se tornaram um problema para muitos usuários.
A quantidade de vírus de computador aumentou vertiginosamente com o passar dos anos:
• Até 1990 – 80 vírus conhecidos.
• Até 1995 – 5.000 vírus conhecidos.
• Até 1999 – 20.500 vírus conhecidos.
• Até 2000 – 49.000 vírus conhecidos.
• Até 2001 – 58.000 vírus conhecidos.
• Até 2005 – 72.010 vírus conhecidos.
• Até 2007 – Mais de 150.000 vírus conhecidos.
• Até 2008 - Mais de 530.000 vírus conhecidos.
• Até março de 2009 - Mais de 630.000 vírus conhecidos.
Atualmente, existem diversas formas de programas que atacam o computador. Uma das mais famosas é o "verme" (ou worm, em inglês), cujo maior objetivo é a rápida propagação na rede, mas que não causa grandes danos aos sistemas. Outra é o Cavalo de Tróia (ou Trojan Horse), que esconde um código que possibilita que um estranho acesse o computador infectado e envie dados dele para outras máquinas, sem que o proprietário saiba.
Também os propósitos para a criação de vírus de computador foram modificados com o decorrer do tempo. Hoje, a intenção é obter informações do usuário que possam valer dinheiro, como o número de cartão de crédito e dados pessoais, ou mesmo utilizar o computador infectado como zumbi para ataques cibernéticos.
Os meio de transmissão dos vírus de computador também foram modificados com o decorrer do tempo. De disquetes, pouco utilizados hoje em dia, ou qualquer outro meio de armazenamento de dados (HD, CD, etc), passou para os e-mails e até mesmo o simples acesso a um determinado website, como o vírus Melissa, registrado em 1999, que deu prejuízos de até US$ 1 bilhão. Não esquecendo, claro, dos pendrives.
Para se evitar os ataques pelo vírus de computadores e similares, adote estas três simples providências:
• Instale um anti-vírus em seu computador, até mesmo os gratuitos são eficientes.
• Por mais sedutora que seja a proposta, jamais abra arquivos anexados ao e-mail de pessoas que você não conheça, ou até conheça, que considere suspeitos ou não solicitados, do tipo "olha aquela foto que tirei na praia" e aquelas por demais apelativas.
• Crie uma pasta no seu pendrive AUTORUN.INF (na dúvida, procure alguém experiente sobre as consequências da criação desta pasta).
Nenhum comentário:
Postar um comentário