Sapajus libidinosus escalando paredão na Serra da Capivara. Foto: Tiago Falótico/IP-USP |
Os macacos-prego e caiararas, que povoam a América Central, na Amazônia inteira, no Cerrado, na Caatinga e em toda a Mata Atlântica, chegando até a Argentina, atualmente classificados em quatro espécies (Cebus albifrons, Cebus capucinus, Cebus olivaceus e Cebus kaapori), apresentando numerosas subespécies, teve recentemente reavaliado seus níveis de parentesco.
De acordo com artigo publicado na Revista Fapesp, o pontapé inicial da proposta para essa mudança foi sugerido por José de Sousa e Silva Júnior em seu doutorado, concluído em 2001, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na época, ele propôs a divisão dos macacos-prego em dois subgêneros: Cebus para os caiararas, mais esguios, distribuídos da Amazônia para o norte, e Sapajus para os macacos-prego, mais robustos e muitas vezes caracterizados por um topete na cabeça, espalhados da Amazônia para o sul.
Baseada em sequências de DNA mitocondrial, na revisão das características morfológicas, genéticas, comportamentais, ecológicas e evidências biogeográficas, foi permitinda toda reorganização proposta na American Journal of Primatology, que dividiu os macacos-prego em dois gêneros, Sapajus Kerr, 1792, para os mais robustos e Cebus Erxleben, 1777, para aqueles mais esguios.
As questões relacionadas à evolução dos macacos-pregos são tão importantes, que mereceu um número inteiro da American Journal of Primatology, para a sua discussão.
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