quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Na Paraíba, 32 municípios concentram a maior incidência de casos de dengue


O Boletim Epidemiológico do Estado da Paraíba, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nessa terça-feira (13), referente à Semana Epidemiológica 45, compreendida entre 1º de janeiro a 10 de novembro deste ano, registro a notificação de 11.208 casos de dengue, em 182 municípios paraibanos. Deste total, 6.026 casos foram confirmados como dengue clássica, 2.393 foram descartados e os demais continuam aguardando encerramento.

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De acordo com o Programa Nacional de Controle da Dengue, os municípios paraibanos de Alhandra, Aparecida, Cabaceiras, Cabedelo, Catolé do Rocha, Coremas, Jericó, João Pessoa, Junco do Seridó, Mãe d'Água, Manaíra, Marizópolis, Maturéia, Nova Olinda, Pedra Branca, Pedra Lavrada, Prata, Quixaba, Riachão, Salgadinho, Salgado de São Félix, Santarém, São José de Princesa, São José do Sabugi, São Mamede, São Sebastião do Umbuzeiro, Sertãozinho, Teixeira, Uiraúna, Várzea, Vista Serrana e Zabelê representam os 32 municípios com a maior incidência de dengue no Estado.

Ainda segundo o boletim epidemiológico, foram registrados 155 casos graves da doença, sendo 39 de febre hemorrágica da dengue e 116 de dengue com complicação.  Dos casos graves, nove evoluíram a óbito (dois casos de febre hemorrágica da dengue e sete de dengue com complicação). O município com maior número de óbitos é João Pessoa, respondendo hoje por 66,6% destes. A investigação dos óbitos é de responsabilidade dos municípios e segue as orientações do protocolo de investigação de óbitos de dengue do Ministério da Saúde. Cabe ao Estado acompanhar a discussão de encerramento tanto dos óbitos como dos casos grave da doença.
 

MEDIDAS PARA EVITAR PICADA DE MOSQUITO
O mosquito Aedes aegipty é o transmissor da dengue.
Foto: Internet.
Espirais ou vaporizadores elétricos: Devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos da dengue mais picam.

Mosquiteiros: Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.

Repelentes: Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.

Telas: Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.


MEDIDAS PARA ELIMINAÇÃO DOS LOCAIS DE REPRODUÇÃO DO MOSQUITO
Tampar os grandes depósitos de água: A boa vedação de tampas em recipientes como caixas d'água, tanques, tinas, poços e fossas impedirão que os mosquitos depositem seus ovos. Esses locais, se não forem bem vedados, permitirão a fácil entrada e saída de mosquitos.

Remover o lixo: O acúmulo de lixo e de detritos em volta das casas pode servir como excelente meio de coleta de água de chuva. Portanto, as pessoas devem evitar tal ocorrência e solicitar sua remoção pelo serviço de limpeza pública - ou enterrá-los no chão ou queimá-los, onde isto for permitido.

Fazer controle químico: Existem larvicidas seguros e fáceis de usar, que podem ser colocados nos recipientes de água para matar as larvas em desenvolvimento - este método para controle doméstico da dengue em cidades grandes tem sido usado com sucesso por várias secretarias municipais de saúde e é realizado pelos agentes de controle da dengue.

Limpar os recipientes de água: Não basta apenas trocar a água do vaso de planta ou usar um produto para esterilizar a água, como a água sanitária. É preciso lavar as laterais e as bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos eclodem e se transformam em larvas.


 
OUTRAS IMPORTANTES MEDIDAS PARA CONTROLAR OU ACABAR COM A DENGUE

Qualidade e quantidade da água: um eficiente tratamento da água e sua disponibilidade à população são importantes para a prevenção da dengue. Entre outros motivos, a falta d'água força as pessoas a armazená-la em recipientes, que podem tornar-se criadouros para os mosquitos transmissores.

Coleta de lixo: a coleta regular de lixo também reduz os possíveis criadouros de mosquitos.

Inspeção domiciliar para controle da reprodução de mosquitos: quando isto for necessário, visitas domiciliares determinam se está havendo reprodução de mosquitos dentro e em volta das casas. Os inspetores de saúde podem ensinar aos moradores os meios para impedir a reprodução dos mosquitos.

Campanhas de educação em saúde: o primeiro passo para uma adequada ação contra o mosquito da dengue é informar às comunidades sobre a doença, bem como as medidas adequadas para combatê-la.

Preparação para emergências: no caso de disseminação da dengue, as comunidades e municípios devem adotar medidas preparatórias para a proteção contra surtos da doença, principalmente a hemorrágica. Planos de ação devem ser formulados e implantados em conjunto pelas autoridades sanitárias nacionais, estaduais e locais, incluindo o treinamento dos médicos e enfermeiros, a identificação de unidades de saúde de referência para dengue, a obtenção de equipamentos para a aplicação de inseticida, sua estocagem, fornecimento de veículos para realizar o tratamento e a nebulização e outras medidas consideradas necessárias pelos líderes sanitários e comunitários.

Campanhas de remoção de lixo: as atividades de remoção de lixo têm efeitos duradouros e amplos, não apenas sobre o mosquito da dengue como também sobre moscas, roedores e baratas.

Campanhas escolares: a participação das escolas no processo de promoção da saúde e de uma comunidade sem dengue é de grande importância. Os estudantes podem participar ativamente das campanhas de limpeza e informação, levando para sua família e seus vizinhos as mensagens educativas recebidas. Inicialmente, participam limpando a própria escola; posteriormente, adotam a mesma iniciativa em suas casas e arredores.



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