Os agricultores brasileiros devolveram cerca de 34 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos vazias aos postos de recolhimento no ano passado. O índice é 9% maior que o do ano anterior, que foi de 31 mil toneladas. O recolhimento é obrigatório, previsto na Lei nº 7.802/1989, e, para incentivar a prática, o governo federal lança campanha divulgando a destinação correta dessas embalagens.
A destinação final das embalagens é obrigação das indústrias, mas o revendedor precisa ter um local adequado para armazenar o produto. As especificações técnicas incluem pontos como o cuidado com o chão, que deve ser impermeabilizado para evitar vazamento de resto de agrotóxico.
E o agricultor deve colaborar, levando as embalagens vazias para os postos de recolhimento. "O que não pode é ser como no passado, quando o agricultor enterrava ou queimava a embalagem. Isso tem um custo ambiental grande. Agora, a embalagem, se tratada adequadamente, volta a virar embalagem. É totalmente reciclada", disse o coordenador-geral de agrotóxicos do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel.
A lei prevê que os postos de recolhimento fiquem a, no máximo, 100 quilômetros das propriedades rurais. A determinação já é cumprida no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Nos casos em que essa distância não pode ser cumprida, como no Norte e Nordeste, é preciso haver outras formas de recolhimento, como postos volantes. “O principal é determinar de maneira efetiva que revendas ou cooperativas construam postos, centrais de recolhimento de acordo com as características da região”, explicou Luís Eduardo Rangel.
Orgulho da Nação
Com o intuito de orientar sobre a importância de lavar e devolver todas as embalagens vazias de agrotóxicos no local indicado na nota fiscal, estreia, em rede nacional, a campanha educativa Orgulho da Nação, sobre a destinação de embalagens vazias de agrotóxicos. Idealizado pelo inpEV - Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias -, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o filme, considerado de utilidade pública, foi distribuído pelo Governo Federal às emissoras de televisão para veiculação, de março a maio, em todo o Brasil.
Com Priscilla Mazenotti (Agência Brasil)
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