sábado, 28 de janeiro de 2012

Lista de Serpentes dos Brejos de Altitude da Paraíba e de Pernambuco

A Mata Atlântica Costeira foi eleita pelo Ministério do Meio Ambiente como uma das principais prioridades para conservação, considerando que apresenta biodiversidade bastante elevada. Dentre as diversas feições deste bioma, destaca-se a unidade biogeográfica localizada ao norte do Rio São Francisco, que se estende do Estado de Alagoas até Rio Grande do Norte. Nessa porção da Mata Atlântica são encontrados fragmentos isolados de matas úmidas, inseridos meio à região árida da Caatinga, conhecidos como Brejos de Altitude ou Brejos Nordestinos. Ao todo, são 43 enclaves distribuídos nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. 

Com exceção de alguns brejos situados no Ceará, a fauna de serpentes destes enclaves é pobremente conhecida, especialmente nos estados da Paraíba e Pernambuco. Desta forma, este trabalho teve por propósito avaliar o status atual do conhecimento das serpentes que habitam estas áreas de brejos nos Estados da Paraíba e Pernambuco, fornecendo uma lista baseada em dados das coleções herpetológicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do Museu de Zoologia de Universidade de São Paulo (MZUSP). 


O artigo, de autoria dos pesquisadores Gentil Alves Pereira Filho, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia), da Universidade Federal da Paraíba, e de Giovanna Gondim Montingellique, do Museu de Zoologia, da Universidade de São Paulo, foi publicado na revista Biota Neotrópica, em seu volume 11, número 3, que é editada pela Fundação de Amparo e Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), traz como resultado o registro de 27 espécies de serpentes em 4 brejos da Paraíba e 4 de Pernambuco, representando 5 famílias, Dipsadidae, representada por 15 espécies, Colubridae, por 7, Viperidae,  por 2, Boidae e Elapidae, por uma cada.

A composição da fauna de alguns destes brejos consiste de espécies tanto de áreas florestais quanto de áreas abertas, assim como de espécies amplamente distribuídas em diversos tipos de ambientes.

Também foi constatado no artigo que, devido à forte pressão antrópica que estes enclaves vêm sofrendo, estudos sobre biodiversidade destas áreas são imprescindíveis, visando a gerar informações que viabilizem futuros planos de manejo e conservação dessas áreas.

Para maiores detalhes do artigo, acesse o sítio eletrônico da revista Biota Neotrópica.

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