Pesquisadores do Departamento de Sistemática e Ecologia, do Herbário Lauro Pires Xavier e do Curso de Graduação em Ciências Biológicas, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), do Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos (UFPB), do Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e do Jardim Botânico de Nova York (EUA), apresentaram resultados de estudos, que iniciaram em 1990, das plantas vasculares de um dos fragmentos mais setentrional da Mata Atlântica, localizado na Reserva Biológica Guaribas.
A Reserva Biológica Guaribas é única unidade de conservação de proteção integral federal localizada no Estado da Paraíba, situada nos Municípios de Mamanguape e Rio Tinto, com 4.029 ha, distando cerca de 52 km, ao norte da Capital João Pessoa. Essa Rebio foi criada pelo Decreto Federal nº 98.884, de 25 de janeiro de 1990, tendo como objetivos proteger um dos últimos remanescentes de Floresta Atlântica do Estado da Paraíba e abrigar espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção no estado da Paraíba, como o macaco guariba (Alouatta guariba). A Rebio Guaribas possui plano de manejo, aprovado pela Portaria IBAMA nº 74-N, de 25 de novembro de 2003, sendo administrada atualmente pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O estudo foi liderado pela Professora Doutora Maria Regina de Vasconcelos Barbosa, do Departamento de Sistemática e Ecologia, da UFPB, e seus resultados revelaram uma flora na Rebio Guaribas bastante diversificada, com 629 espécies de plantas vasculares, sendo 26 samambaias e grupos aparentados, distribuídas em 13 famílias, 164 monocotiledôneas, distribuídas em 19 famílias, e 439 dicotiledôneas, distribuídas em 90 famílias. As famílias de plantas mais diversas são Leguminosae 78 espécies (Caesalpinioideae, 21; Mimosoideae, 19; e Papilionoideae, 38), Poaceae (56 espécies), Cyperaceae (44); Rubiaceae (31), Asteraceae (21), Malvaceae (20), Melastomataceae (18) e Myrtaceae (15).
Com o título Checklist of the vascular plants of the Guaribas Biological Reserve, Paraíba, Brazil, o estudo foi publicado na Revista Nordestina de Biologia, em seu número mais recente, e foi financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), National Science Foundation (EUA), Velux Stiftung (Suiça), Beneficia Foundation (EUA), e foi autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Nenhum comentário:
Postar um comentário