População do Leila blainvilliana são dizimadas pelo parasita mexilhão-dourado. Crédito: Daniel Hammes/Governo do RS. |
Uma espécie de marisco de água doce,
ameaçado de extinção, foi novamente encontrada após 11 anos, no
Parque Estadual Delta do Jacuí. O achado foi feito em expedição da
Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB). O animal é conhecido
cientificamente como Leila blainvilliana e foi localizado em dezembro de 2011, durante os estudos da FZB para a elaboração do Plano de Manejo do Parque Estadual.
O molusco está "em perigo" de extinção nas listas de espécies ameaçadas regional e nacional. O Leila blainvilliana filtra a água para se alimentar e, por viver enterrado no sedimento, é um bioindicador da qualidade das águas no ambiente onde vive.
A principal ameaça ao marisco é o mexilhão-dourado, introduzido na região via casco de navios, em 1998. O invasor fixa-se na superfície da concha, matando os exemplares de Leila por sufocamento. A pesquisadora do Museu de Ciências Naturais da FZB, Ingrid Heydrich, explica que importantes ameaças adicionais ao marisco de água doce são a destruição da vegetação marginal e das matas ciliares. Isso pode ocorrer com a extração de areia e a construção de marinas que levam à dragagem para navegação, causando assoreamento.
O Parque abriga outras espécies ameaçadas, como exemplares de peixes anuais, esponjas de água doce, além de algumas aves e mamíferos. Segundo Ingrid, para garantir a sobrevivência dessas espécies é necessário investir na despoluição (tratamento de esgotos, por exemplo), controle do mexilhão-dourado e rigor no licenciamento de empreendimentos junto às margens do Delta.
O marisco de água doce vive enterrado no fundo arenoso, deixando apenas uma pequena porção da concha fora da areia para respirar e filtrar o alimento. No Rio Grande do Sul, o Leila blainvilliana ocorre, principalmente, no Lago Guaíba (maior número de registros), no curso inferior do Rio Jacuí e em afluentes do curso médio do rio Uruguai. Apesar da ampla distribuição geográfica, as populações deste marisco são muito pequenas e esparsas. Além disso, o número de exemplares tem decrescido rapidamente em função do mexilhão-dourado.
O molusco está "em perigo" de extinção nas listas de espécies ameaçadas regional e nacional. O Leila blainvilliana filtra a água para se alimentar e, por viver enterrado no sedimento, é um bioindicador da qualidade das águas no ambiente onde vive.
A principal ameaça ao marisco é o mexilhão-dourado, introduzido na região via casco de navios, em 1998. O invasor fixa-se na superfície da concha, matando os exemplares de Leila por sufocamento. A pesquisadora do Museu de Ciências Naturais da FZB, Ingrid Heydrich, explica que importantes ameaças adicionais ao marisco de água doce são a destruição da vegetação marginal e das matas ciliares. Isso pode ocorrer com a extração de areia e a construção de marinas que levam à dragagem para navegação, causando assoreamento.
O Parque abriga outras espécies ameaçadas, como exemplares de peixes anuais, esponjas de água doce, além de algumas aves e mamíferos. Segundo Ingrid, para garantir a sobrevivência dessas espécies é necessário investir na despoluição (tratamento de esgotos, por exemplo), controle do mexilhão-dourado e rigor no licenciamento de empreendimentos junto às margens do Delta.
O marisco de água doce vive enterrado no fundo arenoso, deixando apenas uma pequena porção da concha fora da areia para respirar e filtrar o alimento. No Rio Grande do Sul, o Leila blainvilliana ocorre, principalmente, no Lago Guaíba (maior número de registros), no curso inferior do Rio Jacuí e em afluentes do curso médio do rio Uruguai. Apesar da ampla distribuição geográfica, as populações deste marisco são muito pequenas e esparsas. Além disso, o número de exemplares tem decrescido rapidamente em função do mexilhão-dourado.
Correio do Povo
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